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Taxa Selic Atual: Como ela afeta seu dia a dia.

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A taxa Selic atual é conhecida como a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é definida periodicamente pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom. A taxa Selic é essencial no controle da inflação e ainda atua diretamente no rendimento de diversos investimentos.

Por isso, acompanhar sua variação é fundamental para saber se seus investimentos vão render mais ou menos. Outras questões também são influenciadas pela taxa Selic, definindo se você terá maior ou menor acesso ao crédito, e se a inflação dos bens e serviços que você consome estará mais alta ou mais baixa.

Diante da sua importância em diversos aspectos, saber como anda a taxa Selic pode significar ganhar mais dinheiro. Entenda nesse artigo qual a variação histórica da Selic e descubra se o momento é propício ou não para investimentos em renda fixa.

Taxa Selic
Taxa Selic

Como a taxa Selic funciona e porque ela varia

A taxa Selic é calculada pelo Copom para definir os juros utilizados nas negociações do SELIC: o Sistema Especial de Liquidação de Custódia. A taxa Selic meta, que você costuma ver nos noticiários, é a porcentagem estabelecida pelo Copom como ideal para esses juros.

Logo, após estipulada, ela é utilizada como base para o cálculo de todas as outras taxas de juros da economia brasileira. O Copom decide por aumentar ou diminuir a taxa porque a economia do país está em constante variação. O Comitê busca, então, manter um equilíbrio e assegurar a circulação do dinheiro, mantendo a saúde da política monetária, econômica e cambial brasileira.

Assim, eles analisam diversos parâmetros, como indicadores financeiros do país e internacionais. São levados em conta ainda como anda a atividade econômica de variados setores e até mesmo fatores políticos.

Dessa forma, o Copom usa a definição da Selic como uma maneira de regular a quantidade de dinheiro em circulação e evitar a desvalorização da moeda, controlando a inflação e buscando a estabilização da economia brasileira.

Quais investimentos são afetados pela taxa Selic

Alguns produtos financeiros são afetados diretamente pela variação da taxa Selic. Isso porque esses rendimentos são indexados ao valor da taxa Selic, como a poupança e o Tesouro Selic. Já outros, como as ações, são afetados indiretamente. Acompanhe!

 Investimentos de Renda Fixa e a taxa Selic

No caso do Tesouro, um título pós-fixado, quando a taxa Selic aumenta, também são aumentados os seus rendimentos. Assim como se a taxa cai, a rentabilidade também diminui.

Já para a poupança, a partir de 2012, passou a valer um cálculo específico para a sua rentabilidade:

  • Selic acima de 8,5%: 0,5% ao mês + taxa referencial
  • Selic igual ou menor a 8,5%: 70% da taxa Selic + taxa referencial

Com a taxa 2020 alcançando o menor valor da história, o retorno real da poupança foi negativo: -0,05%. Esse é um dos motivos pelo qual a poupança é uma das aplicações financeiras consideradas desfavoráveis ao poupador.

Para conhecer melhor outras possibilidades que permitem maior rentabilidade com segurança, acesse o nosso guia de investimento para iniciantes.

Como a Selic representa o rendimento de um título público, ela passou a ser usada como uma taxa de referência não só para os bancos, mas também para todo o mercado de investimentos. O índice influencia, então, o comportamento de outros indexadores, como o IPCA e o CDI.

O IPCA é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é usado para acompanhar a inflação mensal de bens e serviços essenciais. O IPCA é utilizado como parâmetro para a rentabilidade de vários investimentos da renda fixa, como o Tesouro Direito, Debêntures, CRI/CRA, CDBs e LCI/LCA.

Porém, como a taxa Selic é utilizada para controle da inflação, caso a taxa Selic suba, o índice IPCA tende a cair, interferindo negativamente nos investimentos atrelados ao índice.

Da mesma maneira, o CDI, sigla para Certificado de Depósito Interbancário, também é utilizado na taxa de rentabilidade de investimentos da renda fixa como LCI/LCA, LC, CDBs, CRI/CRA e Debêntures. Só que diferentemente do IPCA, ele costuma acompanhar a taxa Selic. Assim, quando a taxa básica de juros sobe, o CDI se equipara, aumenta o rendimento dos títulos associados a ele.

Investimentos de Renda Variável e a taxa Selic atual

De modo geral, quanto maior a taxa Selic, maior o rendimento dos títulos públicos atrelados a ela. Por isso, num cenário que a Selic esteja em alta, levando em conta um balanceamento entre risco e lucro, a renda variável pode ficar menos atrativa.

Já se a Selic estiver em baixa, o rendimento dos títulos públicos a acompanharão. E nessa perspectiva, a renda variável torna-se mais atrativa por oferecer maior rentabilidade.

A respeito das ações, a taxa Selic as afeta indiretamente. Apesar de não estarem atreladas a taxa básica de juros, quando a Selic sobe ela eleva os juros de um modo geral. Assim, empresas que possuam empréstimos e financiamentos gastarão mais dinheiro arcando com os juros. 

Além disso, com a taxa Selic mais alta o consumo é desestimulado. Nesse sentido, a Selic alta pode impactar negativamente o resultado de algumas corporações, diminuindo seus lucros e derrubando suas ações.

Ao contrário, com a taxa Selic em percentuais menores, não somente as taxas de juros diminuem, mas estimula-se o consumo. A queda nos juros também facilita o crédito para as corporações investirem em manutenção e na sua produção. Esses fatores podem resultar em fechamentos favoráveis para empresas listadas na bolsa. 

Histórico de variação da taxa Selic

Geralmente, as taxas Selic mensais e anuais são as mais utilizadas para obter uma análise histórica. A consulta das taxas Selic mensais e anuais pode ser feita diretamente no site da Receita Federal.

A evolução histórica da Selic nos últimos anos aponta para uma tendência de queda. Vamos observar o comportamento da taxa para compreender:

  • Em 2015 a inflação estava em cerca de 10% ao ano. Por isso, a alternativa do Copom foi aumentar a taxa Selic para contê-la. O Brasil vivia nesse momento uma crise econômica e política, e, logo mais, passaria por uma mudança de governo seguida de diversas reformas.  
  • O período de queda que estamos vivendo iniciou-se em outubro de 2016, quando a Selic registrou a primeira queda desse ciclo.
  • Ao longo de 2017 a taxa Selic sofreu outros cortes o que permitiu uma lenta melhora econômica.
  • Em 2018 a taxa Selic terminou o ano em 6,5% e a inflação em 3,75%.
  • Os cortes prosseguiram com a taxa básica de juros em 2019, fechando em 4,5%.
  • Então, a Selic 2020 manteve o ritmo de queda: o ano de 2020 iniciou com a taxa de 4,25% e, em agosto, chegamos à Selic em 2% ao ano – a menor taxa da história.

A retomada da crise, que vinha acontecendo lenta e gradualmente, foi impactada ainda pela pandemia do coronavírus. Esse foi, e continua sendo, um momento de turbulências sanitárias, econômicas e políticas em todo o mundo.

Essa redução das taxas teve como propósito estimular a economia através do consumo, facilitando a tomada de empréstimos e financiamentos para pessoas físicas e jurídicas.

Quanto é a taxa selic atual?

Para saber qual o valor da taxa Selic atual, você pode consultar a página do Banco Central.

A taxa Selic hoje é de 3,5%. Após o longo período de queda citado anteriormente, o Copom decidiu, em março de 2021 e em maio de 2021 aumentar a taxa, saindo do então 2% para o cenário atual 3,5%.

Baseado na continuidade da política econômica brasileira, a previsão é que até 2023 a taxa de juros chegue até 6,5% ao ano, segundo o relatório Focus do Banco Central. Essa elevação é reflexo da tomada de atenção do Copom em relação à inflação, buscando atingir a meta de 2022.

Agora que você já sabe o que é a Taxa Selic e como suas variações funcionam, vamos entender qual o cenário de investimentos com a Selic atual de 3,5% e tendendo ao crescimento.

Taxa Selic e o Tesouro Selic

Conforme visto, a queda da taxa Selic diminuiu a rentabilidade do Tesouro Selic. Todavia, com a tendência de aumento iniciada com a reunião de março, o investimento volta a tornar-se interessante.

Os investimentos no Tesouro Direto são acessíveis e seguros. Por isso, são os melhores para você montar a sua reserva de emergência. Entenda nesse artigo como montar a sua reserva e aproveite esse período de crescimento da taxa Selic.

Taxa Selic e a Caderneta de Poupança

A poupança é um dos rendimentos de renda fixa menos rentáveis do mercado. Esse quadro acentua-se ainda mais com a Selic em baixa.

Mesmo que até 2023 a Selic atinja a meta do Copom, de 6,5%, ainda estará longe do percentual de 8,5% que tornaria a poupança minimamente vantajosa. Outros fatores ainda devem ser considerados, como a liquidez baixa da caderneta.

Taxa Selic e o CDI

Quando a taxa Selic cai, o CDI costuma acompanhar. Assim, as aplicações indexadas ao CDI também têm seu rendimento diminuído. A expectativa é que nesse cenário de elevação da taxa Selic os produtos atrelados ao CDI também aumentem a sua rentabilidade.

Taxa Selic e o IPCA

Ao contrário dos outros investimentos, a relação entre IPCA e taxa Selic é inversa. Quando a taxa Selic aumenta, a inflação diminui e os rendimentos indexados ao IPCA também caem.

Contudo, é importante observar que, geralmente, os investimentos indexados com IPCA são pagos junto com uma taxa, como, por exemplo, 2,5% + IPCA. Nesses casos, é assegurado um ganho real sobre a inflação. 

Outra abordagem que deve ser considerada quando se analisa a taxa básica de juros é a Selic acumulada. A meta estipulada para o Copom é a taxa Selic meta anual, e, por isso, para ter uma noção mais apurada de como a taxa Selic está evoluindo ao longo do ano, mês a mês, deve-se acompanhar esse acúmulo. Aprenda neste artigo o que é a Selic acumulada.

Acompanhar a variação da taxa Selic é fundamental para sua vida financeira

Conforme vimos, a Selic impacta diversos aspectos da economia, auxiliando a controlar a inflação e incentivando, ou não, o consumo. Dessa forma, ela atinge diretamente todos no país, direta ou indiretamente.

Para saber com precisão se o seu dinheiro está bem investido e se está rendendo, você precisa acompanhar de perto as variações da Selic.

Agora que você já sabe qual a perspectiva da taxa Selic atual, como a expectativa de crescimento de até 3,5% na próxima reunião do Copom afeta seus investimentos? 

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